CHAMADO À LUTA
Seja a nossa voz
ouvida por todos os rincões da América Austral. Por todos os vales, montanhas,
florestas, campinas e cidades, que seja ouvida a voz do Povo que emerge, ébrio
de ira e cansado da opressão, após séculos de sujeição a oligarquias
exploradoras, intelectuais traidores, religiosos omissos, e estrangeiros
sanguessugas. Que essa voz ressoe entre todos os nossos companheiros nacionais,
irmanados pela origem e pelo destino, pela opressão e pela rebeldia, pela nostalgia
da liberdade e pelo anseio da revolução. Que essa voz ultrapasse as gerações,
os gêneros, as classes, as etnias e religiões, para plantar em cada indivíduo a
semente da revolta, despertando a todos para a concretização da Pátria Austral,
promessa dos povos livres do mais extremo sul do mundo.
Companheiros
nacionais, erguei vossas cabeças e olhai ao redor. O que vereis? Cinzas e
ruínas. O que sobrou das glórias do passado heroico do Povo austral? Somente
lembranças. O que será transmitido a nossos herdeiros? Somente grilhões. Caminhamos
todos cegamente na direção da aniquilação, alegres e satisfeitos desde que haja
novelas na TV, lanchonetes de fast food, roupas de marca e carros novos à
disposição. Cada um volta-se exclusivamente para a própria vida, buscando
riqueza e prazer, e ignorando qualquer solidariedade ativa para com os outros companheiros
nacionais, excetuando os momentos de assistencialismo para aliviar o sentimento
de culpa da alma.
As antigas tradições
austrais, incomparavelmente ricas em sua diversidade, são esquecidas e
abandonadas, proscritas e ridicularizadas pelos próprios descendentes das linhagens
orgulhosas que outrora dominavam todas as terras do Rio Paranapanema à Terra do
Fogo. Em seu lugar, penetram em nossas terras influências culturais
estrangeiras fomentadas pelo imperialismo brasileiro, eterno representante dos
interesses anglo-saxões e sionistas internacionalistas na América do Sul.
Sabem as potências
imperialistas e seus lacaios que um Povo que possui raízes fortes e sólidas não
pode ser conquistado. Assim, o inimigo fomenta a imigração estrangeira, a
difusão de costumes e padrões de comportamento alienígenas, a invasão de
estilos musicais aberrantes e dos gostos degenerados. A mídia de massa, toda
ela controlada por estrangeiros ou traidores, afasta os companheiros nacionais
de suas raízes, retratando nossas tradições como ultrapassadas ou antiquadas, e
retratando as perversões e dogmas estrangeiros como superiores e avançados.
Companheiros do Sul
do Brasil, do Brasil Cisplatino, resgatai a memória de vossa liberdade
primordial, estranha e distante do imperialismo brasileiro. Mergulhai em seu
ser e resgatareis a consciência da nossa realidade enquanto verdadeira Nação,
construída por gaúchos e colonos, absolutamente singular e distinta em relação
ao Brasil, povoada por uma estirpe inteligente, valente e disciplinada, dotada
de um imenso potencial produtivo, rica em recursos naturais e terras férteis,
capaz de fazer emergir um Império que será o farol dos povos livres do
Hemisfério Sul.
Companheiros
nacionais das províncias do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul! Por
tempo demais fostes subjugados pela corrupta oligarquia brasileira. Por tempo
demais aceitamos essa sujeição a uma potência estrangeira e inimiga. Nós,
sucessores dos revolucionários farroupilhas, dos cruzados sebastianistas do
Contestado, dos maragatos, e outros mil exemplos históricos de bravura e
irredentismo, os convocamos à luta contra esse imperialismo, que saqueia nossa
riqueza, invade nossas terras e corrompe nosso povo.
PRINCÍPIOS DA REVOLUÇÃO
Nacionalismo
Gaúcho
Nós, a vanguarda
revolucionária dos povos livres do Brasil Cisplatino, afirmamos com a máxima
veemência e gravidade como nosso objetivo primário, fundamental e não
negociável, a libertação dos estados sulistas do Paraná, Santa Catarina e Rio
Grande do Sul de qualquer tipo de controle, ingerência, administração ou
supervisão da República Federativa do Brasil, para que seja estabelecido,
conforme os anseios de milhões de companheiros ao longo dos séculos, uma Nação
completamente independente, para garantir a existência de nosso Povo, preservar
sua cultura e tradições, e construir para si um futuro glorioso.
Pan-Gaúchismo
e Irredentismo Austral
Nós sabemos, porém,
que ainda que o Brasil Cisplatino seja infinitamente rico em recursos, naturais
e humanos, Nação alguma pode se manter sozinha no ambiente hostil que é o mundo
unipolar controlado pelos Estados Unidos da América, Israel e seus aliados. Não
somente, mas a partir de uma consciência plena de nossas raízes, sabemos que
não estamos sozinhos. Partilhamos com nossos vizinhos argentinos e uruguaios
sangue, história, costumes, gostos, cultura, e tantos outros elementos que
fazem de nosso povo infinitamente mais próximo deles, do que do povo
brasileiro.
O antigo gaúcho não
reconhecia fronteiras entre as terras de nossos três povos, e cavalgava
livremente por elas, reconhecendo-se em todos os que habitavam essas regiões. A
chegada dos colonos europeus do fim do século XIX à metade do século XX nada
mudou nessa irmandade de povos, ao contrário, apenas fortaleceu a singularidade
dessas nações, diferenciando-as de seus outros vizinhos, na mesma medida em que
se integravam gaúcho e colono.
Somos nacionalistas,
sem dúvidas. Mas há que ir além do nacionalismo, ultrapassá-lo, para afirmar um
princípio superior que unifique nações distintas, porém irmãs, sob um mesmo
caminho civilizatório. Assim, a vanguarda revolucionária afirma a necessidade
vital de aproximar nossa Pátria Gaúcha e Austral das duas outras Nações
austrais do continente, a República Oriental do Uruguai e a República da
Argentina, até que seja concretizada a unificação entre essas augustas nações,
que será o marco do surgimento de uma verdadeira Civilização Austral.
Pan-Nacionalismo
Reconhecendo em
nossa vontade, a simples e pura expressão do desejo de autêntica liberdade
popular nacional, que se realiza apenas na possibilidade de absoluta
autodeterminação e auto-governo, por parte daqueles que possuem uma consciência
nacional que tem sido reprimida, combatida e perseguida há mais de cem anos,
não podemos senão simpatizar com todos os povos oprimidos da Terra,
principalmente com aqueles povos que, donos de culturas e histórias
riquíssimas, não possuem um Estado capaz de guiar seu destino, estando
subjugados a outros povos, e às vezes fragmentados entre diversos países.
Nesse sentido,
afirmamos nossa crença pia no princípio geopolítico de que cada agrupamento
populacional que se identifica e se entende como nação deve possuir seu próprio
espaço vital, governado e dirigido pelos representantes de seu próprio povo,
para que assim seja realizado o fim digno e belo aos olhos de todos os homens
justos, da preservação da diversidade e pluralidade humana, em oposição à
pressão capitalista pelo desenraizamento dos povos, através da massificação, da
alienação cultural, e das misturas dissolventes.
Lançamos assim nossa
saudação aos povos oprimidos pelo imperialismo, pelo capitalismo, e pelo
globalismo, em todos os continentes, e comprometemos nosso movimento
revolucionário na missão de dar a todos o maior apoio possível para que também
conquistem sua libertação.
Confederação
de Povos e Municipalismo
Os territórios
atuais da América do Sul marcados por sua formação histórica e cultural como
parte da futura grande pátria austral possuem um tamanho considerável, e ainda
que sejam razoavelmente homogêneos em sua constituição, não são monolíticos.
Diversas etnias, culturas e religiões, fizeram da América Austral seu lar,
integrando seu sangue e suor ao solo, sem perder suas identidades, mas formando
uma supra-identidade.
Cada um desses
grupos unidos por uma identidade comum possui suas características físicas,
seus valores culturais, seus princípios espirituais, suas formas ideais de
organização, e preservar a riqueza humana dessa nossa América fria depende de
uma posição intransigente e inegociável de defender essa diversidade através da
preservação das identidades e suas manifestações, assumindo assim exatamente a
disposição contrária frente aos inimigos imperialistas e seus instrumentos de
dominação cultural, que buscam promover pela mistura entre culturas, a
dissolução de todas as identidades, formando assim uma massa indiferenciada,
mais apta à dominação cultural burguesa e capitalista.
A nível político, o
melhor método de garantir essa preservação das identidades é através da
concessão do maior grau possível de poder político de decisão às menores
unidades políticas da América Austral, o município, e apenas em menor grau às
províncias, repúblicas, e em último grau à Confederação. E devido à formação
cultural dos povos da região, pequenas comunidades autônomas e descentralização
política sempre foram a preferência, em contradição com a política oficial do
imperialismo brasileiro, que é a de desrespeitar as diferenças, esmagando todos
os povos que lhe são sujeitos a um mesmo molde abstrato.
Assim, pelo
fortalecimento dos municípios como espaços públicos de decisão política,
inseridos em miríades de outras formações políticas como províncias e
repúblicas, ligadas entre si através de uma Confederação cujo governo central
estará encarregado apenas da defesa comum, comércio entre as unidades políticas
internas, e manutenção de infraestruturas e indústrias de grande escala, as
comunidades terão a possibilidade de se expressar e buscar seus interesses do
modo mais livre possível.
Democracia
Orgânica
A democracia
burguesa falhou. A experiência política brasileira, à qual infelizmente temos
estado sujeitos simplesmente demonstrou a realidade da democracia burguesa e
centralista como uma plataforma através da qual as oligarquias enriquecem,
exploram o povo e dissolvem os laços comunitários tradicionais. Como
experimento fruto da revolução francesa e dos ideais iluministas, a democracia
burguesa demonstrou sua total insuficiência, e nos impele à necessidade de
rejeitá-la completamente.
Essa forma recente
de democracia, porém, não esgota a totalidade das experiências democráticas ao
longo da história. A democracia é quase tão antiga quanto as outras formas
clássicas de governo, e diferentemente do modelo burguês no qual o indivíduo é
racionalizado como ente abstrato e o povo como mera soma demográfica, as
democracias pré-modernas em suas inúmeras configurações possuíam um caráter
concreto, na medida em que estavam absolutamente voltadas para a expressão de
uma comunidade específica e para o atendimento dos interesses específicos da
comunidade.
Em uma confederação
na qual as decisões políticas se concentrem majoritariamente nos municípios, a
democracia se realiza localmente, pela participação da totalidade dos membros
cidadãos da comunidade, da forma mais direta possível, de modo que cada decisão
se torna uma expressão pura da vontade do povo. Enquanto as democracias
burguesas buscam estabelecer um mesmo padrão de normas para a totalidade de
suas unidades políticas, assim sempre oprimindo algum segmento da população,
quando cada comunidade é capaz de tomar em conjunto e de modo direto as mais
importantes decisões políticas, cria-se um sistema extremamente plural de
formas políticas, nas quais as leis são sempre congruentes com a identidade
local, passando a ser expressões jurídicas da vontade popular, ao invés de
meras formulações abstratas de decisões políticas tomadas à distância e cuja
cogência deriva da sanção, e não de uma harmonia orgânica.
Ademais, quando essa
possibilidade de participação comunitária na tomada de decisões políticas é
vista como algo que o companheirismo deve merecer, e não uma garantia natural
derivada do simples fato da existência, através do estabelecimento de critérios
valorativos, a participação democrática passa a ser vista como uma
responsabilidade e um dever, ao modo das democracias gregas antigas, e um ponto
médio entre populismo e aristocracia acaba encontrando-se na democracia
orgânica.
Anticapitalismo
Revolucionário
O capitalismo
implantado em nossas terras pelas oligarquias brasileiras a serviço do
imperialismo anglo-saxão e do sionismo internacional oferece apenas ilusões de
prosperidade e progresso. Ainda que, devido à engenhosidade, força de vontade,
ética de trabalho, austeridade e solidarismo comunitário, uma certa
prosperidade homogênea tenha sido alcançada pelos povos austrais, em geral, sob
o regime capitalista ao qual fomos submetidos apenas oligarcas traidores e
estrangeiros colhem os principais frutos, enquanto os ônus são compartilhados
por todo o povo.
Bancos, meios de
comunicação, e grandes empresas são controlados pelo capital apátrida. Pequenas
propriedades rurais e artesanais familiares ou comunitárias são expropriadas
pela especulação usurária e adquiridas por grandes conglomerados. Em busca da
redução do custo da mão-de-obra, os grandes empresários incentivam a vinda de
imigrantes brasileiros. Não obstante, o capitalismo não consegue fugir à inevitabilidade
dos ciclos ruinosos que apenas prejudicam as pequenas propriedades e aumentam a
concentração de renda.
Os povos austrais
historicamente mais acostumados a formas alternativas de propriedade estão
cansados da exploração capitalista e da destruição de seu modo de vida
tradicional. Um combate agressivo, fanático e absoluto deve ser travado contra
o capitalismo, contra a noção burguesa de propriedade e contra as grandes
empresas. A realidade das classes sociais só pode ser transcendida após se conquistar
a vitória total na luta de classes contra os capitalistas parasitários e seus
asseclas.
Socialismo
e Autarquia
A função primordial
da economia deve ser compreendida como a manutenção da sobrevivência do povo e
do Estado popular, do modo mais autônomo e autárquico possível, garantindo uma medida
razoável de paridade econômica entre todos os companheiros nacionais. A noção
de que dinheiro é uma commodity ao invés de mero instrumento de troca deve ser
riscada de todas as políticas econômicas e monetárias do governo, na medida em
que fomentaram o desenvolvimento do sistema capitalista opressor, a
concentração de renda, a queda do nível de vida, e a extinção das comunidades tradicionais.
Os movimentos
políticos direitistas reacionários clamam que o único problema do sistema
capitalista é a existência de usura. Ainda que devamos afirmar sem dúvidas de
que a usura representa uma das máximas construções da alienação financeira e da
artificialidade do capitalismo, a usura não passa da culminação dos processos
históricos e psicológicos imanentes à consciência burguesa.
Assim, a luta de
classes deve ter como finalidade a extinção do sistema capitalista liberal como
um todo, incluindo aí a interpretação burguesa e individualista da ideia de propriedade,
promovendo-se alternativas mais justas a mesma, além do fim da usura, dos
grandes latifúndios, da especulação financeira e imobiliária, e de todos os
outros instrumentos econômicos e financeiros de opressão.
Ao mesmo tempo, a
grande população gaúcha e cisplatina, tradicionalmente rural e autonomista,
cujos ancestrais há décadas ou mesmo séculos tem ocupado o nosso solo e
trabalhado de modo produtivo e benéfico não deve ser prejudicada pelo
comportamento destrutivo e exploratório de uns poucos barões traidores ou
parasitas estrangeiros. Assim, na medida em que a pequena e média propriedade,
principalmente a rural, são bastiões da conservação dos valores e modo de vida
de nosso Povo e elementos essenciais da economia autárquica, o Estado Popular
deverá se comprometer a defender o Povo contra a expropriação e apenas fazer
uso da mesma contra os traidores e sabotadores contrarrevolucionários que usem
a propriedade para a especulação, para a usura, ou em prejuízo do bem-estar do
Povo e da integridade do Estado Popular.
Objetivos
e Diretrizes Revolucionárias
Entre outras
diversas medidas e políticas, a vanguarda revolucionária austral se compromete
a lutar até a morte para que sejam alcançadas e estabelecidas certas condições
imprescindíveis para a sobrevivência e fortalecimento dos povos da América
Austral, quais sejam:
- A separação da região sul da República Federativa do Brasil, consistente nas atuais províncias do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul;
- Uma integração orgânica e gradativa entre a nação resultante dessa separação com a República Oriental do Uruguai e a República Argentina;
- A organização da resultante dessa integração em uma Confederação Austral, engajada a uma oposição radical à globalização e seus mecanismos opressores tanto no plano interno como no plano internacional;
- A transferência do centro de decisões políticas quotidianas das burocracias centralizadoras das capitais para os municípios;
- A defesa radical e intransigente dos valores, tradições e costumes que deram as principais contribuições históricas para o desenvolvimento do Brasil Austral, com foco para a cultura gaúcha e para as diversas culturas colonas, protegendo a existência desses povos e culturas, com suas línguas, princípios espirituais, etc., contra as influências desintegradoras das culturas brasileira, americana e outras culturas estrangeiras, firmando-se ainda a Família, e não o Indivíduo, como base do Estado e elemento merecedor da máxima proteção;
- O estabelecimento de uma concepção orgânica de povo, por meio da qual apenas aqueles que possam demonstrar uma ligação concreta com as comunidades do Estado popular, possam ser considerados cidadãos;
- A substituição da democracia burguesa e seus partidos por uma democracia orgânica, popular e direta, fortemente descentralizada, baseada em princípios de responsabilidade e dever;
- A abolição da escravidão salarial, através do estabelecimento de tabelas contendo uma remuneração mínima necessária para o amplo desenvolvimento da excelência humana de cada companheiro nacional, na qual o salário mais alto de toda a Confederação não seja superior a dez vezes o menor salário;
- Uma reforma agrária radical, ampla e irrestrita, com o confisco de todos os grandes latifúndios, seguida de sua repartição de modo a garantir às famílias interessadas, selecionadas e treinadas um pedaço de terra, absolutamente indivisível e intransferível, para que as famílias possam contribuir para a consecução da autarquia nacional no setor econômico primário, e ao mesmo tempo promovendo o decrescimento das capitais por meio de um êxodo urbano;
- O estabelecimento de uma economia socialista, fundada na justiça social e objetivando a autarquia nacional, na qual a propriedade esteja amplamente distribuída entre a população, os meios de produção o mais próximos possível do controle do trabalhador, na qual a economia seja lastreada pela produção, e os salários e preços possuam uma conexão real com custos de produção;
- Serviços de saúde gratuitos e universais, quebrando completamente com a comercialização capitalista da medicina, geradora de exclusão, sofrimento e morte para o povo, e lucros imensos para os parasitas e exploradores;
- A organização dos trabalhadores em corporações ou guildas, separadas por ofícios, cujos membros se reunirão em conselhos, para que se defendam os interesses de todas as categorias de trabalhadores, sob a égide do Estado popular;
- O estabelecimento de juntas ou conselhos de trabalhadores para controlar cada empresa maior ou mais complexa do que uma empresa familiar;
- O estabelecimento de Câmaras Corporativas, integradas por representantes eleitos diretamente por cada corporação, em âmbitos municipal, provincial e nacional, com a finalidade de estabelecer as políticas e diretrizes econômicas e as leis de cada unidade política;
- A implementação ampla de unidades de energia de baixo impacto ambiental (solar, eólica, geotermal, hidroelétrica), para realizar a substituição completa do petróleo, e promover uma maior autonomia das comunidades locais, mantendo-se em alguma medida a exploração do petróleo e da energia nuclear sob o monopólio do Estado Popular;
- Combater a cultura do consumo através do estabelecimento do foco produtivo em objetos de elevada qualidade e durabilidade, ao invés de objetos descartáveis, produzidos para serem substituídos anualmente por novas versões dos mesmos objetos;
- A formalização do preceito tradicional de “preço justo” como princípio jurídico absoluto de todas as relações econômicas, comerciais e consumeristas, com o tabelamento relativo de todos os bens de consumo, de modo que haja uma relação mensurável entre o seu custo de produção e seu preço;
- A eliminação total da usura, pela extinção dos empréstimos a juros para a aquisição de bens improdutivos, e pelo combate radical à especulação financeira e imobiliária;
- O estabelecimento de um sistema educacional gratuito e universal, cuja finalidade deverá ser a descoberta das aptidões naturais de cada companheiro nacional, de modo a dirigi-lo na direção da excelência de suas próprias capacidades inatas, assim já auxiliando a orientar, desde a infância, cada um em direção ao ofício mais adequado para si;
- A defesa intransigente do porte de armas por parte de todos os cidadãos, atendidos requisitos básicos, com a formação de milícias populares voluntárias em cada comunidade municipal para realizar o trabalho de polícia e a defesa contra os inimigos externos, mantendo uma força militar permanente altamente treinada a nível central;
- O controle de todos os principais meios de comunicação por companheiros cidadãos, através do Estado popular, suas unidades políticas menores, ou por corporações de trabalhadores.
A revolução austral,
cuja marcha tem início e cujo fim só se dará com a vitória gloriosa, ou a queda
de seu último membro, é, em sua essência um movimento total, da terra ao céu,
do corpo ao espírito, por isso, não haveria nenhuma possibilidade de vitória se
ao longo de toda luta revolucionária e dissidente não se galgasse conjuntamente
a formação de um novo homem, fisicamente forte e espiritualmente virtuoso,
exatamente como foram os guerreiros conquistadores do Brasil Cisplatino.
É preciso, então,
que uma meta em direção ao alto seja posta para aqueles que desejem se elevar
acima da mediocridade do homem moderno, cultivado em escala industrial por
ideologias pré-fabricadas, animalizado por arquétipos comportamentais dos mais
inferiores e bestiais. Hoje, aquele que busca uma tal meta encontra-se envolto
numa névoa suja e densa de mentiras, falsas necessidades e de símbolos sociais
passageiros, os quais o levam para longe do seu Eu e para longe da herança que
seus ancestrais deixaram consigo.
Por isso, a
revolução austral é também um caminho interior, trilhado com força e
sacrifício, em nome de um dever que se tem para com os filhos que herdarão a
pátria austral, e em honra àqueles que por ela lutaram. A escolha é pessoal. As
opções são apenas duas: lutar ou perecer. Lutar por algo que está dentro e além
de si, ou perecer por potências decadentes da cultura brasileira, do ouro e da
corrupção.
A atitude de luta,
do guerreiro austral, deve ser a mais verdadeira possível, ao ponto de ecoar em
outros mundos, e ser conhecida em outros tempos: no futuro de nossas gerações,
como exemplo a ser seguido, e no passado de nossos avós, como orgulho
emocionante.
Assim, nossa vanguarda revolucionária, reunida sob as bandeiras e estandartes austrais nas fileiras da Frente Popular Austral, jura comprometimento total com os ideais, princípios e propostas apresentados neste Manifesto, para lutar pelo estabelecimento de uma gloriosa civilização na América Austral, para defender os diversos povos de nossa América contra a ameaça imperialista, a opressão capitalista, e os males da modernidade.
Assim, nossa vanguarda revolucionária, reunida sob as bandeiras e estandartes austrais nas fileiras da Frente Popular Austral, jura comprometimento total com os ideais, princípios e propostas apresentados neste Manifesto, para lutar pelo estabelecimento de uma gloriosa civilização na América Austral, para defender os diversos povos de nossa América contra a ameaça imperialista, a opressão capitalista, e os males da modernidade.
CONTRA O CAPITAL,
REVOLUÇÃO AUSTRAL!
Comitê Revolucionário Central
Frente Popular Austral
Frente Popular Austral